Deus é um Pai amoroso que, ao nos mostrar o pecado, deseja nos conceder a graça do arrependimento e o perdão. O Catecismo da Igreja Católica afirma:
O pecado cria uma propensão ao pecado (CIC 1865)
Ou seja, as pessoas não apenas cometem atos isolados de mentira ou roubo — elas correm o risco de se tornar mentirosas ou ladrões. O pecado tem um efeito profundo: ele nos vicia, desfigura a nossa identidade e nos torna cúmplices do mal. Ele fomenta a concupiscência, a violência e a injustiça, gerando estruturas e situações sociais contrárias à bondade divina.
Mas quando rompemos com o pecado, abrimos caminho para sermos redefinidos por Deus, iniciando um novo caminho de conversão e cultivando hábitos de virtude.
No Sacramento da Penitência, os fiéis “obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que eles feriram pelo pecado e que colabora para sua conversão com a caridade, o exemplo e a oração” (Lumen Gentium, n. 11).
A confissão nos convida a olhar para nossas vidas com sinceridade, a distinguir os verdadeiros pecados de simples sentimentos ou emoções, e a nos reconhecermos como realmente somos — pecadores necessitados da graça, mas profundamente amados por Deus.
A confissão é um momento de humildade, verdade e encontro com a misericórdia de Deus. Para vivê-la bem, seguem alguns conselhos importantes:
Antes de se aproximar do Sacramento da Confissão, pare, reze e permita que o Espírito Santo ilumine seu coração. Examine-se com sinceridade, indo além dos atos externos, e reflita também sobre suas atitudes interiores e omissões.
Este exame de consciência não é uma lista de acusações, mas uma oportunidade de autoconhecimento à luz de Deus, que deseja curar, perdoar e restaurar. Leve para a confissão o que, com sinceridade, reconheceu como pecado. A misericórdia do Senhor é infinita para quem se arrepende com o coração contrito.
Tu és bom, Senhor, e perdoas. Tu és cheio de amor com todos os que te invocam.” (Sl 86,5)